Capitania das Artes -Natal/RN
A Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte) é a instituição responsável pela gestão da cultura de Natal. Sua sede é um importante centro cultural no estado do Rio Grande do Norte. Com seu edifício neoclássico, hoje serve de abrigo para lojas de artesanato, palco de espetáculos e auditório para eventos e convenções, além de, ocasionalmente, algumas pinturas serem exibidas em exposições aos visitantes.
O prédio da antiga Capitania dos Portos de Natal fica na Av. Luís da Câmara Cascudo, antes da Rua da Cruz e também na Av. Junqueira Aires, uma das ruas mais antigas da cidade, bem no Corredor Cultural. O edifício foi construído no final do século passado, no mesmo local onde havia outro edifício que, de 1830 a 1862, serviu como sede do governo da província.
Construída no final do século passado, em alvenaria de tijolo, que serviu como sede do Governo do Estado, é possível que algumas de suas paredes tenham sido utilizadas no novo prédio, denunciado pela existência de alvenaria de pedra preta ou maré, muito comum nos edifícios mais antigos da costa nordeste. É um edifício em estilo neoclássico, com a fachada como o elemento mais forte, caracterizado por simetria, ritmo do cheio e do vazio e os frontões que o compõem.
Em 12 de agosto de 1873, a Companhia de Aprendizes de Marinheiros foi instalada, em seu próprio edifício, na margem direita de Potengi. Aparentemente, o antigo palácio presidencial foi ampliado. No local, a Companhia operou de 1873 a 1885 e, novamente, de 1890 a 1898.
Uma vez demolida a antiga casa, foi construído um novo prédio no mesmo local, que serviu como sede da Capitania dos Portos até 1972. O prédio abandonado estava fadado à destruição, devido à ação do tempo e do abandono. Somente em 1972, a sede foi transferida para a Rua Chile, 232, Ribeira, onde ainda trabalha. A transferência ocorreu devido à necessidade de acesso ao mar, algo que não existia na antiga sede. O Rio Grande do Norte recebeu a segunda Autoridade Portuária do País em 3 de outubro de 1847.
O prédio listado em nível estadual em 11 de agosto de 1988 foi revitalizado pela Prefeitura de Natal, por meio do projeto de restauração elaborado pelo arquiteto João Maurício de Miranda, que recuperou os elementos que compõem a fachada principal do edifício.
A fachada do edifício era a única peça que permanecia em pé, resistindo e desafiando o tempo. A fachada principal do edifício, esvaziada por muitas janelas, ainda possui dois frontões triangulares nas extremidades da parede e é emoldurada por cornijas e pilastras que marcam o edifício de maneira muito severa.
Atrás desse muro, foi construído o prédio que serve como Espaço Cultural da Cidade. O prédio antigo, que viveu seu período de esplendor, depois de sofrer decadência e ruína, ressurgiu, desenvolvendo uma das funções mais nobres, que é servir a cultura.
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