Desertificação no Seridó do RN
A desertificação no Seridó do RN é um problema que vem crescendo nos últimos anos, o Seridó corre o risco de se transformar em deserto. A afirmação pode parecer alarmista, mas um estudo recente, coordenado pela Agência de Desenvolvimento do Seridó, atesta que toda a região, cerca de um quarto da superfície do Estado enfrenta um grau avançado de desertificação.
E o que é pior: a degradação do solo afeta, direta ou indiretamente, a vida de 260 mil pessoas, cerca de 10% da população do Estado e já causou o êxodo de centenas de habitantes da região. O levantamento feito pela Adese classificou como forte a erosão do solo o primeiro estágio da desertificação em 24% da superfície da região, o que corresponde a 2.211,8 quilômetros quadrados.
Quais as características do seridó?
A Estação Ecológica do Seridó está inserida na depressão sertaneja setentrional, uma das áreas mais secas das caatingas ocupando uma área de 1.166,38 hectares, no municipio de Serra Negra do Norte/RN.
O clima é semiárido e o Seridó apresenta um tipo peculiar de caatinga, seca e esparsa,com arbustos e árvores de até 2 m de altura. A região do Seridó potiguar foi indicada como área prioritária para a conservação dos répteis das caatingas, por ser insuficientemente conhecida e bem conservada.
O Seridó apresenta um tipo peculiar de caatinga,seca e esparsa,com arbustos e árvores de até 2 m de altura. A vegetação é do tipo hiper xerófila arbóreo arbustiva,com estrato herbáceo denso apenas na estação chuvosa.
Em meio a essa vegetação única são encontradas várias extrusões rochosas que,durante a estação chuvosa, ficam recobertas pela vegetação,proporcionando um ambiente parcialmente sombreado;na estação seca, devido ao fenômeno da caducifólio, ficam expostas em formas de grandes afloramentos rochosos, caracterizando a paisagem típica da região.
Como vai o avanço da desertificação do Seridó?
Mesmo apresentando uma melhora, na análise de variação da cobertura vegetal neste período, dos 32 municípios que compõem o Núcleo do Seridó, percebeu-se que alguns deles apresentaram uma perda de vegetação considerável (variando de 50% a 100%). Sendo eles: Caicó, Currais Novos, Frei Martinho, Picuí, Nova Palmeira, Pedra Lavrada e Juazeirinho.
No Núcleo dos Cariris paraibanos, as informações referentes a 1990 evidenciaram que, de todo o território, cerca de 5%.
- Caicó
- Currais Novos
- Frei Martinho
- Picuí
- Nova Palmeira
- Pedra Lavrada
- Juazeirinho
Representava a área de solos expostos naquela década. Já em 2016, os dados demostram que a mesma variável apresentou apenas 0,2% (18,93 km2) de solos expostos. Desse modo, nota-se que também houve diminuição da área de solos expostos nos Cariris.
Como é feito a coleta desses dados?
Para chegar a esses resultados a equipe utiliza técnicas de sensoriamento remoto para coleta, processamento e análise de imagens de satélite das áreas com referência geográfica, varias instituições que andam em conjunto para a preservação desse bioma único no mundo trabalham para coleta de dados formando assim um conjunto de informações que são usadas para atrair pessoas pra ajudar nessa luta.
Embora o combate contra a desertificação seja constante o estado continua tendo dificuldade em encontrar uma forma de reverter esse processo, porém os esforços não param e você pode contribuir com ideias ou ajuda financeira.
Quero combater mais a desertificação no Seridó do RN!
Se você quer fazer parte dessa luta e ajudar a combater o processo de desertificação, aprenda um pouco mais sobre a rica historia do RN e sobre a cultura local.
Você pode aproveitar a oportunidade de aprendizado para conhecer nossos artigos que falam sobre temas variados como turismo, historia, economia e cultura.
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