Desde 2018, o governo federal prometeu ampliar as isenções do imposto de renda. No entanto, os contribuintes que ganham até US$ 6.000 por mês sofrerão perdas consideráveis, pois a promessa não foi cumprida e a taxa de desconto mensal aumentou de US$ 222,00 para US$ 464,00.
Além disso, segundo levantamento do CRCRJ (Conselho Regional de Contabilidade do Rio), a falta de correção das declarações de imposto de renda tem reduzido cada vez mais a cobertura de isenção e prejudicado ainda mais esses contribuintes.
Prejuízo crescente para os mais pobres
Em entrevista ao IG, o presidente do CRCRJ, Samir Nehme, observou que a falta de ajuste do RI prejudica principalmente os mais pobres. “As isenções estão cada vez menores e piores para quem tem renda mais baixa. Os contribuintes que não obtêm ganhos reais devido à inflação pagam mais impostos. Essa situação é mais um motivo para o aumento da desigualdade”.
Quanto às atualizações da tabela, se o IPCA fosse atualizado anualmente desde abril de 2015, os contribuintes que ganham três salários mínimos mensais teriam recebido cerca de R$ 2.600 a mais nos últimos seis anos. Para os contribuintes com renda não superior a cinco salários mínimos mensais, o prejuízo no mesmo período foi de R$ 7.661.
É importante lembrar que a tabela do IRPF também não é revisada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que fez com que os contribuintes sofressem ainda mais com os efeitos da alta inflação no país nos últimos anos.
