Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) está localizado no bairro da Cidade Alta, em Natal, no estado brasileiro do Rio Grande do Norte.

O IHGRN está localizado próximo à antiga Catedral de Natal e ao Palácio da Cultura (antiga sede do governo do estado), possuindo uma rica coleção colonial histórica do estado. A História colonial, especialmente a História da Capitania do Rio Grande, pode ser pesquisada em pelo menos duas ordens de documentos pertencentes ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN): os documentos publicados na Revista do IHGRN e os da os manuscritos.
A inserção exploratória nesta preciosa documentação fornece um conhecimento multiforme da história do Rio Grande do Norte desde os tempos coloniais e, a posteriori, uma interação entre um passado antigo e um presente em constante mudança. Baseia-se na possibilidade de uma interação como essa, envolvendo uma instituição cultural ─ o IHGRN e sua expressiva coleção de documentos escritos do contexto colonial, especialmente da Capitania do Rio Grande ─, que deve ser explicitada pelo ângulo da leitura interpretativa das fontes documentais, uma combinação de manifestações políticas, religiosas, sociais e também individuais, dependendo (e até dissonante) da validade das tradições da cultura portuguesa.
Na cidade de Natal, quem caminha entre a Praça Padre João Maria e a Igreja do Santo Antônio aprecia um conjunto arquitetônico representado pela Igreja de Nossa Senhora da Apresentação, o Memorial Câmara Cascudo, o Palácio da Cultura (antigo Palácio). do Governo), o Palácio da Prefeitura, o Museu Café Filho, a Coluna da Capitolina e o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN).
A Casa IHGRN, na Rua da Conceição, nº 622, foi construída em 1906, numa época em que vivia a euforia da reforma e embelezamento de cidades, projeto de elites republicanas para modernizar a sociedade e as instituições brasileiras. Seu edifício expressa arquitetura neoclássica, típica da arquitetura européia na segunda metade do século XIX, revelada por seu desenho geométrico, pelas colunas, pelo entablamento e pelo modo de acesso pelas laterais (valorizado pelas escadas) e fachada monumental.
Na fachada, destacam-se os frontões curvos triangulares, as balaustradas com a coroação das paredes, as molduras de madeira e vidro e os lintéis retos. Este edifício foi declarado patrimônio do estado em 30 de novembro de 1984. Os Institutos Histórico e Geográfico são instituições responsáveis pelas coleções de documentos que mantêm a maioria das fontes da história colonial, imperial e republicana do Brasil. Sua importância em elevar, metodizar e sistematizar o conhecimento histórico foi tal que o historiador José Honório Rodrigues (1978) afirma que a pesquisa histórica nasceu com a fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), em 1838, no Rio de Janeiro.
Do ponto de vista desta missão, o IHGB ajudou o governo imperial a definir um projeto nacional e uma identidade nacional. O IHGB, espelhado por associações europeias semelhantes, especialmente o Instituto Histórico de Paris, incentivou a fundação de institutos locais em cada Província, objetivo que, com exceção do Instituto Pernambuco (fundado em 1862) e de São Paulo ( fundada em 1894), só foi alcançada no início do século XX, seguindo o exemplo da criação do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN).
A IHGRN, uma das mais antigas entidades culturais do Estado, foi fundada em Natal, sob a inspiração do IHGB, em 29 de março de 1902, durante o primeiro Governo de Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão, em um momento enfático de preocupação com a preservação. do patrimônio histórico-documental, que permitiria escrever a história segundo os parâmetros da ciência positivista, o encontro da história nacional com a memória social e o testemunho documental.
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