O algodão no Rio Grande do Norte

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O estado é bem diversificado e tem diversas plantações, dentre elas está a de algodão, o algodão no Rio Grande do Norte apesar de parecer simples, é bem importante pois marca não só a indústria mas também ao comércio.

Essas bolinhas brancas não só ajudam na fabricação de roupas, fios e tecidos como também foi marca de superação de problemas no qual o estado sofreu no passado com a praga do bicudo, a cotonicultura é um fato importante muito além de uma simples plantação.

Já que nessas épocas na qual o Rio Grande do Norte se aproveitou do seu cultivo, o algodão no Rio Grande do Norte era visto como o ouro branco e isso o ajudou a criar rodovias, prosperar pequenas comunidades e municípios, então hoje entenderemos diversos fatos do por que isso é tão importante.

O que isso proporcionou?

O algodão no Rio Grande do Norte
O algodão no Rio Grande do Norte

Só quando chegou a grande seca de 1845, os produtores rurais começaram a plantar o algodão tendo principal destaque na Região do Seridó, só depois dos anos de 1900 com a queda da produção do açúcar que o método passou a ser mais utilizado se expandindo para mais de 500 mil hectares em todo o estado, sendo a partir daí que a plantação alavancou.

A cotonicultura sempre foi muito útil no país e em época de descobrimento no Brasil, os indígenas cultivavam o algodão no Rio Grande do Norte para usar na confecção de redes e cobertores, eles usavam também o caroço esmagada e cozido para fazer mingau e com o sumo das folhas usavam como remédios medicinais naturais para curar feridas.

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Os primeiros colonos chegados ao Brasil, também passaram a cultivar e utilizar o algodão nativo, já os jesuítas do padre Anchieta introduziram e desenvolveram a cultura do algodão.

Como principal prioridade, estava o algodão “mocó”, já que com sua fibra longa ele poderia ocupar o lugar de excelência no mercado exportador internacional, posto que se destinava a confecção de tecidos finos e, de fato existiam dois tipos de algodões que eram plantados no Rio Grande do norte: o arbóreo chamado de “mocó” ou “Seridó” e o herbáceo.

Por que ajudou tanto contra pragas e o comércio?

O algodão “mocó” foi o tipo variedade que melhor se adaptou aos sertões devido às suas raízes profundas, que eram mais resistentes às secas proporcionando fácil cultivo, ou seja, poderia ser plantando em qualquer região com facilidade proporcionando lucro fácil, também por seu vigor, era uma variedade mais infensa às pragas além de ser capaz de produzir até 8 anos.

Em suma, era muito um tipo de algodão muito mais vantajoso do que o herbáceo, que tinha um ciclo vegetativo muito curto sendo de geralmente um ano. Também era mais suscetível a pragas.

No Rio Grande do Norte, identificam-se três fases distintas para a evolução da cotonicultura:

  • A primeira fase seria aquela iniciada pelo cultivo e processamento do algodão no Rio Grande do Norte nativo já feito pelo indígena e que inclui o primeiro surto de exploração em fins do século XVIII, motivado pela Revolução industrial Inglesa.
  • Já a segunda tem início com o grande surto exportador da década de 1860, quando verifica-se nova transformação na cotonicultura do Algodão no Rio Grande do Norte, com a guerra da secessão americana, o produto sofre uma alta demanda frente a uma baixa oferta, gerando uma veloz subida nos preços.
  • A terceira fase seria iniciada após a grande seca, 1877 a 1879 que, pelos prejuízos que acarretou a pecuária, permitiu nova expansão especial do algodão, cuja sustentação econômica se deve à variedade arbórea denominada mocó.

Então a plantação de algodão era benéfica tanto para os produtores agrícolas quanto aos trabalhadores.

O mercado.

Embora a prioridade do cultivo fosse voltada para o mercado interno, em favor das indústrias têxteis nacionais, o algodão norte-rio-grandense também encontrava colocação no mercado estrangeiro, principalmente o algodão “mocó”, por ter sua melhor qualidade e fibras longas, se destinando à confecção de tecidos finos.

As fazendas produziam algodão em quantidades razoáveis e tinham sua máquina de descaroçar, que era denominada de bolandeira, essa máquina era movida por tração animal e produzia pelo chamado sistema de rolo,

Após a retirada da pluma, não era feito nenhum tratamento ao caroço, o fazendeiro o jogava no chão e os gados os comia enquanto podia, porque depois que fermentavam, não dava mais para comê-lo.

O algodão estando ao lado de outras culturas alimentares como milho, feijão ou mandioca, acabou se tornando nossa principal cultura comercial, mas essa realidade passou a mudar no final da década de 50, quando uma série de modificações começaram a ocorrer no país, onde se percebe uma nova divisão territorial do trabalho, que traz transformações profundas e desvantajosas para a economia nordestina e norte-rio-grandense em particular.

Durante um bom tempo, o algodão do Seridó deteve a reputação conhecido como algodão de primeira qualidade.

As crises de oferta da fibra nordestina estariam ligadas, por um lado, as devastadoras secas que atingiam impiedosamente as lavouras sertanejas e, junto com a chegada do bicudo que era uma praga de difícil controle e depois com a abertura do mercado nacional às importações subsidiadas de países da ásia nos anos de 90, a cultura, que nos anos 80 chegou a ser plantada em mais de 2 milhões de hectares no Nordeste, entrou em declínio e hoje a área cultivada está em torno de 1.300 hectares.

Conclusão

Podemos entender o quão importante o algodão foi com destaque do algodão “mocó”, pois ele além de ter uma boa qualidade tinha fibras bastantes longas, o algodão ajudou muito com a comercialização rápida possibilitando renda e permitindo que o estado não decaísse, além de que, a bolinha branca serviu de muitos anos para cá como comida, medicina e tecidos.

Também podemos ter noção dos fatos mais importantes na nossa história a respeito dessas belas e brancas flores:

  1. Tudo começou em Seridó e só depois dos anos 1900 se popularizou em diversas outras regiões.
  2. A cotonicultura também foi muito útil no país em época de descobrimento no Brasil, onde os indígenas cultivavam o algodão para usar na confecção de redes e cobertores como mencionado anteriormente.
  3. Os primeiros colonos chegados ao Brasil, também passaram a cultivar e utilizar o algodão nativo, já os jesuítas do padre Anchieta introduziram e desenvolveram a cultura do algodão.
  4. O algodão “mocó” se popularizou em diversas regiões devido a sua resistência ao sertão, suas raízes profundas e sua imunidade as pragas que acabavam atrapalhando muitos fazendeiros, também eram capazes de produzirem por 8 anos.
  5. Após a retirada da pluma, não era feito nenhum tratamento ao caroço, o fazendeiro o jogava no chão e os gados os comia enquanto podia, porque depois que fermentavam, não dava mais para comê-lo, ou seja, eles serviam também como ração.

Agora que podemos ter noção de quão grandioso e importante era o algodão nessas épocas, é difícil vê-lo apenas como simples flores, apesar de que por mais que essas plantas não tenham tanto valor como antigamente, continuam sendo belas e ótimas para se apreciar, não só marcando a história como um item de valor substituindo as moedas no comércio como também pode ser vista como um símbolo belo na história da cotonicultura.

É importante percebermos também como o cultivo de algodão se expandiu pelo nosso país e estado, demonstrando como foi e ainda é importante.

Quero aprender mais O algodão no Rio Grande do Norte!

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