Quem foi Omar O’Grady ?

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foi um engenheiro e político brasileiro, que foi prefeito de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, nos anos de 1924 a 1930.

Omar O’Grady

Omar O’Grady era filho de Alexander James O’Grady, imigrante canadense de descendência irlandesa, e Estefânia Alzira Moreira O’Grady, natural do Rio Grande do Norte. Ainda em Natal, ele fez seus estudos primários e, posteriormente, seus estudos preparatórios na Atheneu Norte-Riograndense. Depois disso, ele se mudou para Chicago, nos Estados Unidos, para estudar engenharia no Illinois Institute of Technology. Formado em 1917, ele ainda trabalha nos Estados Unidos há dois anos. O’Grady voltou ao Brasil em 1920, onde começou a trabalhar na Inspeção Federal de Obras contra a Seca, atualmente no Departamento Nacional de Obras Contra a Seca.

Quando voltou a Natal, O’Grady recebeu um convite, em 1924, de Manoel Dantas, pai de sua esposa Isabel Dantas e então chefe da Intendência Municipal de Natal (antigo nome da prefeitura de Natal), para ajudá-lo na cargos de administrador municipal. Em junho do mesmo ano, Manoel Dantas faleceu, deixando vazia a posição de administrador municipal. Substituindo-o, Omar O’Grady foi nomeado intendente de Natal, assumindo o governo em junho de 1924.

Omar O’Grady governou com um estilo “americanizado”, derivado principalmente de seu treinamento técnico no Instituto de Tecnologia de Illinois. Isso pode ser visto, basicamente, em suas intenções de modernizar a cidade de Natal, como a contratação de Giácomo Palumbo, arquiteto italiano, para elaborar o Plano Geral de Sistematização de Natal, cujo principal objetivo era estruturar a cidade para acomodar uma população de cem mil habitantes, número atingido apenas em 1950

Outro grande destaque em seu governo foi a tentativa de controlar totalmente o espaço da cidade. Isso poderia ser feito impondo restrições e regulamentos a todas as atividades, com o objetivo de que sempre houvesse a necessidade de a Intendência conceder licenças para tais atividades. Ele também defendeu a “limpeza social”, sempre buscando a eliminação da pobreza visível, caracterizada por mendigos e limpeza urbana, a fim de tornar a cidade “limpa” e bonita. Também deu importância às estradas urbanas, permitindo o desenvolvimento na cidade também do uso de automóveis.

Seguindo esse modelo de modernização, algumas conquistas localizadas do governo de Omar O’Grady foram a pavimentação da então Avenida Junqueira Ayres, localizada na encosta que, na época, era a única maneira de transitar entre o bairro da Cidade Alta e aquele da Ribeira, os dois primeiros a aparecer em Natal; a reforma do píer de Tavares de Lira (antigo píer 10 de Junho, localizado na Ribeira, nas margens do rio Potenji); a pavimentação e embelezamento da Praça Augusto Severo, também localizada na Ribeira; e realizar a mesma reforma na Avenida Getúlio Vargas (na época, chamada Avenida Atlântica). Tais obras trouxeram a possibilidade de progresso baseado, sobretudo, na pavimentação das ruas de Natal.

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Não foi apenas com a pavimentação e melhoria de ruas e praças que O’Grady colocou em prática projetos de modernização. Sob a liderança do engenheiro Henrique Novaes, foi criada a Comissão de Saneamento de Natal, com o objetivo principal de planejar o abastecimento de água na cidade. A fonte de água considerada pela comissão foi a Lagoa Jiqui, localizada em Parnamirim, aproximadamente 13 km ao sul de Natal, uma lagoa que, por sua vez, é alimentada pelas águas do rio Pitimbu e pelos lençóis freáticos da região.

Em 8 de outubro de 1930, como parte do processo da Revolução de 1930, foi lançado no Rio Grande do Norte um decreto que retirava todos os prefeitos e prefeitos do estado de seus mandatos. Foi o fim do governo de Omar O’Grady em Natal.

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