Rio Piranhas–Açu

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O rio Piranhas – Açu é um curso de água que lava os estados da Paraíba e o Rio Grande do Norte, região nordeste do Brasil. Conhecida simplesmente como Piranhas na Paraíba, recebe o nome de Açu após passar pela barragem de Armando Ribeiro Gonçalves, no município de Itajá, mas pertence ao município de Assú, no Rio Grande do Norte.

Rio Piranhas–Açu

Piranhas – Açu nasce da junção das águas dos rios Peixe e Piancó, na Paraíba, e depois de viajar centenas de quilômetros flui para a cidade de Macau.

História do Rio Piranhas Açu

O nome do rio deriva do peixe Pygocentrus nattereri, conhecido popularmente como piranha vermelha, que já viveu em grandes cardumes ao redor da bacia de Piranhas. Por outro lado, Açu é o termo de Tupi para “grande” em relação ao fluxo, especialmente durante inundações.

Antes da chegada dos exploradores luso-brasileiros no século XVII, toda a região de Piranhas-Açu era habitada pelas tribos guerreiras Carir, especialmente as da grande nação Tarairiú, incluindo estacas, icos, panatis e janduís. Por volta de 1663, começaram a ser formadas bandeiras na área, que foram examinadas por Oliveira Ledo, a família brasileira do Minhota.

Da capitã Baía de Todos os Santos, essa família começou a conquistar terras na costa do capitão Rio Grande, depois que os seminários foram conduzidos por uma corte portuguesa. Só mais tarde chegaram ao interior da Paraíba e Potiguares, estabelecendo várias aldeias que se tornariam importantes centros regionais como Piancó e Pombal.

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O rio Piranhas nasce na Serra do Bongá, município de Bonito de Santa Fé, no estado da Paraíba, com o nome de rio Piranhas que leva ao estado do Rio Grande do Norte através do município de Jardim de Piranhas. O nome Piranhas – Açu é dado apenas ao passar pela barragem de Armando Ribeiro Gonçalves, no município de Itajá. No final do percurso, ele recebe águas de inundação na área das lagoas Piató, Ponta Grande e Queimado, terminando na costa norte do estado do Rio Grande do Norte, na forma de um estuário, próximo à cidade de Macau.

Drenando um total de 43 681,50 km², é a maior piscina hidrográfica do estado do Rio Grande do Norte, onde ocupa 174,72,6 km², ou seja, um terço do território do estado, e também a Paraíba, onde banha 26 208,9 km², ou seja, mais metade do território. Seus principais afluentes são Espinharas, Picuí e Seridó, todos rios Sertanejos e temporários. Além disso, existem 1112 mães que “sangram” em Piranha.

A piscina era suscetível à seca no passado, quando seu fluxo cessou, e as populações recorreram a cacimbas cavadas em um leito seco, das quais extraíam água para as necessidades domésticas e de reprodução. No entanto, esses períodos de seca sempre foram entrelaçados com anos de inundações, quando o rio transborda e destrói as comunidades ribeirinhas. Uma dessas grandes inundações ocorreu em 1974, quando a cidade de Carnaubais foi inundada e toda a população foi forçada a se mudar para uma área mais alta do município, onde foi decidida a construção de uma nova cidade.

Hoje, Piranhas – Açu está contaminado, segundo pesquisa realizada por órgãos ambientais. Os motivos são a falta de condições sanitárias adequadas nas cidades ribeirinhas, cujos esgotos vão para o rio, a poluição de empresas agrícolas que lançam substâncias químicas nas águas de forma criminosa e a descarga de resíduos de animais nos matadouros.

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